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sábado, 3 de novembro de 2012

Matéria tendenciosa sobre a Zombie Walk no Diário Catarinense (DC)

Nesta sexta-feira aconteceu provavelmente a maior Zombie Walk aqui de Florianópolis, cada ano que passa mais pessoas participam do evento, consequentemente fica cada vez mais difícil controlar tantas pessoas, sendo um evento público, não temos direitos de dizer o que fulano pode ou não fazer, cada um responde pelos seus atos. Vamos dar uma analisada na matéria postada pelo Diário Catarinense sobre a Zombie Walk.

Centenas de zumbis invadiram a Praça XV no Centro de Florianópolis na tarde desta sexta-feira. A Polícia Militar não tem ideia de quantos eram, e reclama que o evento não foi planejado adequadamente e não foi pedido acompanhamento da PM. Para qualquer um que tenha passado pela praça entre as 15h e às 17h30m, durante a concentração dos mortos-vivos, fica claro por quê. A Zombie Walk Floripa foi composta por uma imensa maioria de adolescentes e jovens que esperavam já encontrar o evento organizado, não organizar eles mesmos o que quer que fosse.

Primeiramente acho que a Polícia Militar não precisava ajudar, pelo menos que eu lembre dos anos anteriores não teve a ajuda de polícia nenhuma e ocorreu tudo bem, eles ajudaram porque quiseram, então eles não tem o que reclamar. A Zombie Walk tinha pessoas de diversas idades, e das poucas que eu conversei todas tinham mais de 18 anos, essa foi uma tentativa falha de taxar o evento como coisa de criança, e só olhar a quantidade de pessoas, não dá para esperar um evento organizado, Parada da Diversidade, Carnaval e outros eventos também não são organizados.

Com roupas rasgadas, muito sangue artificial, lentes coloridas, maquiagem simulando feridas, dentes falsos, machados de borracha e tudo mais que vai nessa linha, o público que atendeu ao evento internacional realizado pela sexta vez em Florianópolis acabou transformando o centro histórico da cidade em uma festa a céu aberto. Apesar de vestidos de zumbis, o objetivo não era assustar, muito menos horrorizar, mas encontrar os amigos num ambiente atípico, para conversar, beber, fumar... Essas coisas todas que as pessoas já fazem em festas (e praças) todos os dias.
Cada um foi com um objetivo diferente, tinha pessoas fazendo de tudo lá, mas maioria primeiramente foi porque gosta de se fantasiar, porque gosta de zombies, foi para fazer novos amigos e encontrar velhos amigos. O único objetivo era se divertir, e cada um tem seu jeito de se divertir, o evento não é para assustar nem horrorizar, fazer isso com outras pessoas pode dar processo, todos sabem que nem todo mundo que anda na rua gosta disso. Quanto ao fumo e bebidas eu não vi muito disso não, e as pessoas não fazem isso em todas as festas e praças todos os dias, as pessoas fazem coisas diferentes, e cada um tem seu jeito de se divertir; repetindo, Zombie Walk é um evento público, não dá para ditar regras do que pode ou não fazer.

Apesar de achar essas entrevistas falsas, vou responder também...


Os alunos da Escola Getúlio Vargas, do Saco dos Limões, marcaram presença. Numa galera que tinha entre 13 e 17 anos, eles resolveram juntar os amigos e participar.— Mas eu esperava música, decoração — dizia Manoela, de 15 anos.
Definitivamente essa garota não sabe o que é uma Zombie Walk.


Já Geovana, aluna do Coleginho, participou da Zombie Walk sem os pais saberem.— Eu estou aqui escondida. É que eles acharam que devia ter algum responsável com a gente — declarou a menina de 13 anos, que é fã de zumbis e estava achando muito realistas as fantasias.
Se ela está ali escondida a culpa não é do evento nem dos organizadores, e dá próxima vez ela que leve a babá junto com ela para tomar conta dela, quanto aos zombies realistas, bom saber disso, isso é um elogio.

De mãos dadas com o namorado, será que a intenção era ter uma tarde romântica?
— Não, eu vim com uma amiga, não sabia que ele vinha.
Bom, pelo número de casais passeando pela praça, parece que muita gente achou que sim. E pelo número de garrafas de vodka barata que ficaram pelo chão, não dá para dizer que os pais de Geovana estavam errados. 
 Alguém obrigou ela a beber?

Os zumbis de Florianópolis são assim, atípicos. Queridos, ofereciam abraços, não podiam ver uma câmera que já faziam pose, trocavam receitas de sangue artificial (é melhor com corante artificial ou misturando mel e tinta?).
Acho que o DC ficou indignado, pois foram lá super animados esperando brigas, no entanto não aconteceu nada que desse uma matéria chocante sobre violência, tanto que tiveram que procurar e inventar motivos para sujar o nome do evento.


Atrapalharam também. Causaram congestionamento na Avenida Beira-Mar, mexeram com os carros. Perturbaram o sossego do Seu Irival, da banca de jornal da praça XV, que passou o dia atendendo adolescentes ensanguentados.— Esse povo todo sujo — como ele mesmo disse.
 Carnaval também atrapada, e muito mais pelo número de pessoas, Parada da Diversidade também atrapalha, quem atrapalha são essas pessoas que se incomodam com qualquer coisa, povo chato e fresco...


Podia ter sido um dia de liberação, de negar padrões, de experimentar outra realidade. Mas é que maquiagem não costuma resolver questões adolescentes. Que os digam os amigos que resolveram comprar na banca do seu Irineu, mas com vergonha do sangue nas roupas, disputavam na entrada:— Ah, não, entra você, compra para mim, por favor.— Só entro se você entrar. Vem comigo.E pensar que os zumbis costumavam invadir cidades inteiras sem pedir licença. rari
 Negar padrões que a mídia impõem né? Vocês ficaram tristes que não teve desrespeito e invasões, "quebra-pau", a Zombie Walk não rendeu a matéria que vocês queriam de verdade, fato!



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